Bolsonaro e Lula
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O discurso é de ajuste fiscal. A prática, de gastança com luxo institucionalizado . O governo Lula 3 encerrou o primeiro semestre de 2025 com R$ 1,7 bilhão gastos em diárias e passagens — o maior valor para o período desde 2014, no auge da gastança petista sob Dilma Rousseff.

Os dados são oficiais, do Tesouro Nacional. Os valores foram corrigidos pela inflação. E a mensagem é clara: enquanto o governo pressiona o Congresso por cortes, trava benefícios sociais e promete conter o rombo fiscal, gasta sem pudor com viagens de ministros, assessores e comitivas que se multiplicam na mesma velocidade dos ministérios.

Um governo inchado, ineficiente e caro

São 38 ministérios, contra 23 na gestão Bolsonaro. A justificativa oficial é a “reconstrução do Estado”. Na prática, é aparelhamento político com custo milionário. Cada pasta criada significa mais secretarias, mais assessores, mais carros, mais voos, mais hotéis — e mais diárias pagas com dinheiro público.

Só com diárias, o governo gastou R$ 1 bilhão nos seis primeiros meses deste ano. Crescimento de 8,7% sobre 2024. Em passagens e locomoção, mais R$ 700 milhões — alta de 8,2%. Em vez de conter a farra, o governo parece decidido a acelerá-la.


Lula ultrapassa Bolsonaro — e sem pandemia como desculpa

Em três semestres sob Lula (2023 a 2025), os gastos com viagens somam R$ 4,6 bilhões. É 46% mais do que os R$ 3,2 bilhões consumidos entre 2019 e 2022 por Bolsonaro. Sim, houve pandemia em parte do governo anterior. Mas já em 2022, com a normalização das atividades, o gasto disparou 100,6%. E ainda assim, Lula consegue ultrapassar.

Ou seja: a narrativa de “volta à normalidade” não justifica os números. A elevação dos custos virou política de governo — uma escolha, não uma contingência.

Austeridade seletiva é hipocrisia fiscal

Um governo que fala em “compromisso com a responsabilidade fiscal” enquanto rasga bilhões com deslocamentos improdutivos. A realidade é que os cortes, quando vêm, miram onde dói menos para quem governa: educação, saúde, investimentos públicos. Jamais no próprio funcionamento da máquina.

Enquanto isso, ministros desfilam em agendas internacionais vazias, comitivas inchadas e eventos irrelevantes pagos com verba federal. A conta recai sobre o contribuinte — que não recebe retorno algum.

A conta não fecha porque a vergonha já fechou

Mais do que números, os dados revelam uma postura. O governo Lula não quer, e talvez não saiba, cortar na própria carne. A retórica técnica do ministro Fernando Haddad é engolida pela realidade política de um governo que gasta como se não precisasse prestar contas.


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