
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, em 21 de maio, a Lei nº 15.136/2025, que institui o Dia Nacional do Brega, a ser comemorado anualmente em 14 de fevereiro. A data homenageia o cantor pernambucano Reginaldo Rossi, conhecido como "O Rei do Brega", nascido e falecido neste mês, em 2013.
Reconhecimento oficial de um gênero popular
A nova legislação oficializa a importância cultural do brega, estilo musical originado nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Apesar de carregado de romantismo e emoção, o gênero enfrentou preconceito por ser associado a expressões consideradas "cafonas" e de menor valor artístico.
Grandes nomes e símbolos do brega
Entre os principais artistas do gênero está Waldick Soriano (1933–2008), baiano conhecido pelos sucessos “Eu Não Sou Cachorro, Não” e “Tortura de Amor”. Com seu estilo característico — sempre vestido de preto e usando óculos escuros —, Waldick marcou a chamada “música da dor de cotovelo”, tema frequente no brega.
Preconceito e resistência dos artistas
Embora amplamente apreciado, o brega sofreu críticas por setores elitistas. O cantor Wando, por exemplo, rebateu o rótulo com a frase: “Só é brega quem não é romântico”. Já Reginaldo Rossi abraçou o título de rei do gênero e ajudou a consolidar sua importância com músicas que se tornaram clássicos, como “Garçom”.
Avanço na valorização da cultura popular
A sanção da lei representa um avanço no reconhecimento da diversidade cultural brasileira. Ao instituir o Dia Nacional do Brega, o governo reafirma o valor das expressões populares e combate a elitização do gosto artístico, promovendo respeito e inclusão para todas as manifestações culturais.