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A proposta de privatização de praias no Brasil, através da PEC nº 3/2022 , tem gerado bastante debate e preocupação, especialmente entre ambientalistas e defensores do acesso público às áreas litorâneas. A possibilidade de grandes corporações se beneficiarem com a privatização e, consequentemente, restringirem o acesso livre às praias, é um dos principais pontos de crítica. A menção de que um empreendimento no litoral nordestino, que conta com a participação do jogador Neymar Jr . como sócio, pode ser favorecido por esta medida, adiciona uma camada extra de interesse e controvérsia ao tema.

Hoje a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), do Senado poder colocar em votação a proposta. será crucial para determinar o futuro dessa proposta e seu impacto potencial nas comunidades costeiras e no meio ambiente. É uma questão complexa que envolve aspectos econômicos, sociais e ambientais, e que merece uma análise cuidadosa e ampla participação pública no debate.

O empreendimento, liderado pela incorporadora Due, abrange a construção de 28 imóveis de alto padrão entre o litoral sul de Pernambuco e norte de Alagoas (região de Porto de Galinha e Maragogi) e tem um faturamento estimado em R$ 7,5 bilhões. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Neymar Jr. declarou seu entusiasmo pelo projeto: “Estou junto com a Due na criação da rota Due Caribe Brasileiro. Vamos transformar o litoral nordestino e trazer muito desenvolvimento social e econômico para a região. Em breve, mais novidades”.

Apesar do otimismo do jogador, o projeto enfrenta críticas severas de ambientalistas. Eles alertam para os riscos ambientais e sociais de um empreendimento dessa magnitude em áreas sensíveis do litoral. Além disso, a possibilidade de privatização de praias, permitida pela PEC 3/2022, tem gerado um acalorado debate. Especialistas temem que a aprovação da emenda possa criar brechas legais para a criação de praias privadas, o que iria contra o princípio de livre acesso da população às áreas costeiras.

Em resposta às críticas, a Due emitiu uma nota na quarta-feira (29), afirmando seu compromisso com a responsabilidade ambiental e social. “Cumprimos as mais rigorosas leis de proteção ambiental e realizamos projetos próprios de preservação do meio ambiente,” afirmou a incorporadora. A empresa também destacou que seus empreendimentos não serão afetados pela PEC 3/2022, seja de forma positiva ou negativa. “Reforçamos publicamente que a responsabilidade ambiental e social são valores imutáveis dentro da Due e nos nossos projetos,” concluiu a nota.

O relator da PEC, senador Flávio Bolsonaro, tem se empenhado para aprovar a proposta, apesar das críticas e dos riscos apontados por especialistas. A emenda, se aprovada, permitirá a privatização de áreas da União no litoral, o que pode alterar significativamente a dinâmica das propriedades costeiras no Brasil.

A PEC prevê o fim da propriedade exclusiva da União sobre terrenos de marinha. Ela foi tema de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na última segunda-feira. Tem sido defendida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro após parecer pela sua aprovação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), relator da matéria na Casa.

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