
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo ), está prestes a formalizar seu apoio ao deputado estadual Bruno Engler (PL) no segundo turno das eleições de Belo Horizonte . Embora ainda não tenha se pronunciado oficialmente, articuladores políticos consideram natural esse endosso, já que Engler faz parte da base do governo estadual na Assembleia Legislativa .
No primeiro turno, Zema apoiou Mauro Tramonte (Republicanos) e indicou sua ex-secretária de Planejamento, Luísa Barreto (Novo) , como vice na chapa, o que gerou descontentamento no PL. A avaliação interna é de que a falta de apoio a Engler agora poderia aumentar a insatisfação do partido aliado. Formalmente, os aliados de Zema ainda não comentam a situação. Essa possível declaração de apoio repete a postura de Zema nas eleições de 2022, quando ele apoiou Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno.
O Republicanos, coligado com o Novo, enfrenta uma situação complicada. O senador Cleitinho, uma figura influente do partido, apoia Engler e pressiona por uma aliança com o bolsonarismo. Por outro lado, o Republicanos é parte da base do governo do presidente Lula (PT), que está apoiando Fuad Noman (PSD) , o que torna a situação ainda mais delicada.
O ex-prefeito Alexandre Kalil , agora no Republicanos, expressou que seguirá a decisão de seu partido, embora tenha reconhecido a dificuldade de apoiar Fuad Noman devido a desavenças passadas. Kalil e Fuad, que foram aliados, se distanciaram após mudanças no secretariado e intensificação das tensões durante a campanha eleitoral.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou que Lula apoiará Fuad Noman no segundo turno. No primeiro turno, Lula fez campanha remota para Rogério Correia e evitou entrar na disputa local diretamente. Agora, a decisão de apoiar Fuad é vista como natural, já que Fuad apoiou Lula nas eleições de 2022. O PT e o PDT também indicam que apoiarão Fuad no segundo turno.
Rogério Correia ainda não se pronunciou oficialmente, mas sua candidata a vice, Bella Gonçalves (PSOL ), já declarou apoio a Fuad. O PDT, de Duda Salabert, também tende a seguir o mesmo caminho, consolidando a aliança.
Por outro lado, Gabriel Azevedo (MDB) , que ficou em quarto lugar na corrida eleitoral e é crítico do bolsonarismo, optou pela neutralidade, afirmando que as urnas também delegam o papel da oposição.
O senador Carlos Viana (Podemos) havia sugerido na semana passada que poderia apoiar qualquer candidato que não fosse Engler, mas ainda não oficializou seu apoio ao prefeito.
O Globo
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