
O ex-coach e atual empresário Pablo Marçal anunciou oficialmente sua intenção de concorrer à presidência da República em 2026, representando o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), que passará a se chamar “Brasileiro”, conforme revelação do próprio candidato.
Marçal, que foi derrotado na disputa à prefeitura de São Paulo em 2024, vinha mantendo conversas com outros partidos, incluindo a direção nacional do União Brasil. Contudo, decidiu permanecer em sua sigla atual, o PRTB. Em nota, Marçal destacou que pretende levar o empreendedorismo como bandeira principal de sua campanha: — Serei candidato a presidente pelo PRTB em 2026. O empreendedorismo é a chave para libertar o nosso povo e fomentar o desenvolvimento econômico.
O partido também planeja lançar candidatos ao Senado e aos governos estaduais, e especula-se sobre uma possível colaboração entre Marçal e o cantor Gusttavo Lima, que recentemente manifestou interesse em entrar na política e disputar a presidência. A natureza dessa parceria, no entanto, ainda não foi detalhada.
Controvérsias e desafios legais
A candidatura de Pablo Marçal enfrenta um obstáculo significativo: ele é alvo de investigações conduzidas pela Polícia Federal e pela Justiça Eleitoral. As acusações envolvem a divulgação de um laudo falso durante as eleições de 2024, no qual alegava que seu adversário Guilherme Boulos (PSOL) teria usado cocaína e buscado atendimento médico. A falsidade do documento foi rapidamente comprovada, e Marçal pode responder pelos crimes de injúria eleitoral, difamação eleitoral e falsidade com fins eleitorais. Caso condenado, poderá ficar inelegível por oito anos, além de enfrentar pena de prisão.
Os processos terão como instâncias iniciais o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e, posteriormente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esses desdobramentos podem definir o futuro de sua candidatura antes mesmo do início oficial da campanha.
Tentativas políticas anteriores
Não é a primeira vez que Pablo Marçal tenta se candidatar à presidência. Em 2022, ele lançou-se oficialmente pelo PROS, mas sua candidatura foi barrada pela Justiça Eleitoral devido a disputas internas no partido. Posteriormente, tentou eleger-se deputado federal, chegando a ser eleito sub judice, mas nunca tomou posse, pois teve sua situação judicial desfavoravelmente decidida. Em 2024, na disputa para a prefeitura de São Paulo, obteve um expressivo terceiro lugar, com 1,7 milhão de votos.
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