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O retorno dos trabalhos dos deputados estaduais em Minas Gerais marca o início de uma intensa articulação política para a escolha dos substitutos dos conselheiros do T ribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), José Viana e Wanderley Ávila. Esses cargos, de indicação do Legislativo, são considerados estratégicos e politicamente relevantes, despertando o interesse de diversos parlamentares influentes na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Nomes cotados e bastidores

Entre os principais nomes cotados estão os deputados estaduais Alencar da Silveira (PDT), Gustavo Valadares (União Brasil), Ulysses Gomes (PT), Duarte Bechir (PSD), Tito Torres (PSD), Thiago Cota (PDT) e Ione Pinheiro (União Brasil). Até mesmo o presidente da ALMG, deputado Tadeu Leite (MDB) , que foi reeleito para o segundo mandato na presidência em dezembro, almeja o cargo.

O Tribunal de Contas de Minas Gerais é composto por sete conselheiros: quatro indicados pela Assembleia Legislativa e três pelo Poder Executivo. Além das vagas de José Viana e Wanderley Ávila, os deputados também precisarão indicar um substituto para Maury Torres , que se aposentará em abril de 2025. Essa agenda torna o atual período particularmente relevante para negociações de bastidores.

Entre os cotados, Alencar da Silveira desponta como um dos favoritos. Com nove mandatos no parlamento mineiro, ele é um dos deputados mais experientes e busca o apoio de seus pares, incluindo o presidente da ALMG. A idade também é um fator favorável a Alencar, pois muitos parlamentares preferem evitar a indicação de nomes mais jovens que poderiam ocupar o cargo por um longo período. Essa dinâmica reflete a tradição de utilizar as indicações ao TCE como uma forma de reconhecimento por trajetórias parlamentares consolidadas.

Outro nome de peso é Gustavo Valadares, que atualmente está licenciado da ALMG para ocupar a Secretaria de Governo do Estado. Ele conta com o apoio do governador Romeu Zema , o que pode ser um diferencial importante em sua candidatura. Valadares, eleito pela primeira vez em 2002, é filho do ex-deputado Ziza Valadares.

Ulysses Gomes, por sua vez, representa o PT e possui experiência política acumulada desde sua eleição em 2010. Sua trajetória inclui colaboração com o deputado federal Odair Cunha e a atuação no sul de Minas Gerais. Embora considerado um candidato competitivo, ele enfrenta um cenário desafiador pela diversidade de perfis em disputa.

Duarte Bechir e Tito Torres também estão no radar, cada um com motivações e apoios próprios. Duarte, que assumiu como deputado após a cassação de Maria Lúcia Mendonça em 2009, pode estar mais focado na cadeira que ficará vaga em 2025. Já Tito Torres, filho de Amaury Torres, conselheiro do TCE que se aposentará em abril, tem uma relação direta com a dinâmica sucessória do tribunal.

Thiago Cota e Ione Pinheiro completam a lista dos mais mencionados. Thiago, eleito pela primeira vez em 2014, possui três mandatos e é filho do prefeito de Mariana. Ione, por sua vez, é irmã de Dinis Pinheiro, ex-presidente da ALMG, o que fortalece sua posição nas negociações internas.

Implicações políticas

O processo de escolha dos novos conselheiros do TCE-MG reflete a complexidade das relações políticas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Além de considerar os perfis e trajetórias individuais dos candidatos, os deputados precisam equilibrar interesses partidários, regionais e institucionais. Com negociações intensas em curso, o desfecho desse processo será decisivo para a composição do tribunal e para os rumos da política mineira nos próximos anos.

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